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Pré-Sal: Produção de Petróleo e Gás Natural | Petrobras

Pré-Sal

Desde as primeiras descobertas em águas profundas, temos trilhado uma longa jornada tecnológica.

As descobertas no pré-sal estão entre as mais importantes em todo o mundo nos últimos anos. Essa província é composta por grandes acumulações de óleo leve, de excelente qualidade e com alto valor comercial. Uma realidade que nos coloca em uma posição estratégica frente à grande demanda de energia mundial.

Para descobrir essas reservas e operar com eficiência em águas ultraprofundas, desenvolvemos tecnologia própria e atuamos em parceria com fornecedores,
universidades e centros de pesquisa. Contratamos sondas de perfuração, plataformas
de produção, navios e submarinos com recursos que movimentam toda a cadeia da
indústria de energia.

Por que o pré-sal é um grande desafio?

Quando descobrimos as primeiras reservas no pré-sal, muita gente duvidou de que fosse possível produzir devido às dificuldades técnicas nesses campos. Hoje, a produção no pré-sal já representa 68% da nossa produção. Mas foi preciso vencer muitos obstáculos, com capacidade técnica e trabalho integrado das equipes Petrobras.

Distância da costa

Enquanto muitos campos ficam a uma distância entre 100km e 150km do litoral, as áreas do pré-sal ficam a cerca de 300km da costa.

Profundidade da lâmina d’água

Enquanto há plataformas localizadas em pontos onde o leito marinho fica a 700m ou 800m de profundidade, as do pré-sal ficam em águas ultraprofundas, que podem chegar a 3.000 metros, o correspondente a 7,5 vezes a altura do Morro do Pão de Açúcar. Isso demanda a utilização de sondas de maior complexidade para perfurar os poços.

Profundidade do reservatório

Após atingir o leito marinho, as sondas ainda precisam perfurar 5 km de rocha até o reservatório, um caminho que pode somar 10 quilômetros de extensão.

Camada de sal

Para deixar ainda mais desafiador, no meio do caminho, precisamos perfurar uma camada longa (até 2km) e instável de sal. Para isso, foram necessários muitos estudos de resistência dos materiais, até chegar nos aços-carbonos especiais que são usados hoje.

Baixas temperaturas

Se dentro do reservatório, o petróleo está a cerca de 70°C, quando chega no leito marinho ele encontra uma temperatura ambiente de 4°C, o que impõe grandes desafios ao escoamento dos fluidos. Quando o petróleo esfria, a viscosidade aumenta muito e pode diminuir a produção. Para minimizar os problemas, usamos tubos revestidos com isolamento térmico, para reduzir a perda de calor, quando necessário.

Muito gás carbônico

O petróleo encontrado no pré-sal tem uma porcentagem de CO2 bem maior do que a de outros campos. Para solucionar essa questão desenvolvemos tecnologia para separar e reinjetar o gás carbônico no reservatório e aumentar a sua produtividade.

Contaminantes

A presença do contaminante H2S nos campos do pré-sal adicionou um desafio para a Petrobras que, em colaboração com cadeia fornecedora, gerou soluções inovadoras por meio do uso de novas tecnologias para viabilizar o desenvolvimento do pré-sal de forma segura e economicamente viável.

 

Estamos produzindo mais e cada vez mais rápido

Nossa produção diária de petróleo no pré-sal quadruplicou em 6 anos, passando de 500 mil barris por dia, em 2014, para o patamar de 2,2 milhões de barris por dia a partir de 2020.

Produção média de petróleo no Pré-Sal

  • 2010 41 MIL BPD
  • 2014 500 MIL BPD
  • 2016 1 MILHÃO BPD
  • 2018 1,4 MILHÃO BPD
  • 2020 2,2 MILHÕES BPD

A comparação com nosso próprio histórico de produção dá a dimensão desse resultado: foram necessários 45 anos, a partir da criação da empresa, para que alcançássemos a produção do primeiro milhão de barris de petróleo, em 1998. Foram necessários 49 anos, a partir da criação da empresa, para que alcançássemos a marca de 1,5 milhão de barris de petróleo em 2002.

O crescimento acelerado da produção comprova a alta produtividade dos poços em operação no pré-sal e representa uma marca significativa na indústria do petróleo, especialmente porque os campos se situam em águas profundas e ultraprofundas.

Número de poços x Produção

PÓS-SAL 1984 3.940 POÇOS PRODUTORES 500 mil barris por dia 500 MIL BARRIS POR DIA
PRÉ-SAL 2022 152 POÇOS PRODUTORES 500 mil barris por dia 2,2 MILHÕES BARRIS POR DIA

Outro dado que mostra a alta produtividade do pré-sal é a quantidade de poços produtores quando comparada ao volume de produção. Em 1984, precisamos de 3940 poços produtores para chegar à marca de 500 mil barris diários. No pré-sal, chegamos a quatro vezes desse volume de produção contando com 152 poços, até 2022.

Redução do custo médio de produção no pré-sal

Com o conhecimento acumulado em nossas operações e a inovação tecnológica, o custo médio de extração do petróleo do pré-sal vem sendo reduzido gradativamente ao longo dos últimos anos. O valor sem leasing cost (afretamento dos cascos das plataformas) passou de aproximadamente US$ 6,0 por barril de óleo equivalente (óleo + gás) em 2014 para US$3,5 por barril em 2022.

Tempo médio de construção de poços marítimos

  • 2010 310 DIAS
  • Média de 2020 a 2022 112 DIAS

Sem abrir mão das melhores práticas mundiais de segurança operacional, temos perfurado poços no pré-sal em tempo cada vez menor. O tempo médio para construção de um poço marítimo no pré-sal da Bacia de Santos, por exemplo, foi reduzido em mais de 2,5 vezes entre 2010 e a média de 2020 a 2022, com o avanço no conhecimento da geologia, a introdução de tecnologias de ponta e o aumento da eficiência dos projetos.
 

Tecnologia, conhecimento, capacitação e oportunidades para a indústria de bens e serviços

O volume de negócios gerado pelo pré-sal é um vetor que impulsiona o aprimoramento da cadeia de bens e serviços, aportando tecnologias, conhecimento, capacitação profissional e oportunidades para a indústria. A superação dos desafios tecnológicos, em sua maioria, é obtida a partir da associação de esforços entre as equipes técnicas das operadoras e dos fornecedores, muitas vezes apoiados por estudiosos e pesquisadores de universidades e centros de tecnologias.

Somos líderes em águas profundas e ultraprofundas

 

Capacidade técnica com mais de 60 anos de experiência na geologia do Brasil. Tornamos o pré-sal uma realidade e o transformamos no principal polo mundial de produção no mar.

Premiações OTC

 

Pré-sal na Bacia de Santos

A região do pré-sal na Bacia de Santos concentra mais de 70% da produção de petróleo e gás da Petrobras, com destaque para os seus maiores campos, que são Tupi e Búzios. Operamos mais de 20 plataformas na região, com mais de 120 poços produtores em atividade, responsáveis pelo aumento consistente da produção desde o primeiro óleo em Tupi em 2009. O volume produzido por poço nesta área está muito acima da média da indústria de óleo e gás. Em 2022, os 30 maiores poços do pré-sal da Bacia de Santos foram também os principais produtores de petróleo do Brasil, com média acima de 30 mil barris por dia, sendo que o mais produtivo alcançou média superior a 50 mil barris diários. Tupi foi nossa primeira descoberta no pré-sal da Bacia de Santos e é o maior produtor da área, com mais de 1 milhão de barris de óleo equivalente por dia. Búzios é um campo gigante em expansão, cujas quatro plataformas em 2022 tiveram produção acima de 700 mil barris de óleo equivalente por dia. O Plano Estratégico da companhia prevê a entrada em operação de mais sete novas unidades nos próximos anos neste campo.

 

 

Entenda como foi formado o pré-sal

O pré-sal é uma sequência de rochas sedimentares formadas há mais de 100 milhões de
anos, no espaço geográfico criado pela separação do antigo continente Gondwana. Mais
especificamente, pela separação dos atuais continentes Americano e Africano, que
começou há cerca de 150 milhões de anos. Entre os dois continentes formaram-se,
inicialmente, grandes depressões, que deram origem a grandes lagos. Ali foram
depositadas, ao longo de milhões de anos, as rochas geradoras de petróleo do pré-sal.
Como todos os rios dos continentes que se separavam correram para as regiões mais
baixas, grandes volumes de matéria orgânica foram ali depositados.

À medida que os continentes se distanciavam, os materiais orgânicos então acumulados
nesse novo espaço foram sendo cobertos pelas águas do Oceano Atlântico, que então se
formava. Dava-se início, ali, à formação de uma camada de sal que atualmente chega a 2
mil metros de espessura. Essa camada de sal depositou-se sobre a matéria orgânica
acumulada, retendo-a por milhões de anos, até que processos termoquímicos
transformassem a camada orgânica em hidrocarbonetos (petróleo e gás natural).