Petrobras . Blog Fatos e Dados

home

Blog Fatos e Dados

home

Integridade & ESG: seguimos transformando compromissos em ação

14.dez.2021

Três dias de palestras, entrevistas e painéis com especialistas em integridade, sustentabilidade, inclusão, diversidade, governança corporativa e responsabilidade social, entre outros temas conhecidos em conjunto por ESG (sigla em inglês para environmental, social and governance, que significa ambiental, social e governança).  Três letras que representam o futuro das organizações e indicam o único caminho pelo qual teremos uma sociedade verdadeiramente melhor e mais sustentável. 

Esses foram os resultados do Diálogos Petrobras - Integridade & ESG. Em sua oitava edição, o evento, online e gratuito, teve como tema “A integridade como base para os compromissos de ESG”. Com mais de 50 palestrantes e especialistas, os participantes puderam acompanhar, no período de 6 a 8/12, como a sustentabilidade e os pensamentos em torno do desenvolvimento social evoluíram tornando cada vez mais urgente que as organizações cuidem do meio ambiente, promovam impacto social positivo e adotem uma conduta corporativa ética, íntegra e transparente.  

“Integridade é a base para o cumprimento de todos os compromissos de uma organização e um valor inegociável para nossa companhia. Seguimos os mais altos padrões éticos e de governança e a geração de riqueza é fruto de integridade. Estamos no caminho certo, mas vigilantes na busca pela melhoria contínua das nossas ações de integridade e ESG”, afirmou o presidente Joaquim Silva e Luna. 

Eduardo Bacellar, presidente do Conselho de Administração da companhia, lembrou que o dia 9/12 é reconhecido pelas Nações Unidas como Dia Internacional de Combate à Corrupção. “Neste dia tão simbólico, afirmo que os valores e princípios que nos norteiam são inegociáveis e a confiança em nossos colaboradores é nosso maior ativo. Muito mais do que as palavras, nossos comportamentos são o verdadeiro exemplo para uma sociedade mais justa, inclusiva e responsável”. 

Para o diretor de governança e conformidade, Salvador Dahan, o evento veio fomentar reflexões e ações com temas tão importantes para a nossa sociedade. “Temos um sistema de integridade robusto, consolidado e testado de diversas formas no dia a dia de nossas atividades. Esses são assuntos que precisam ser incorporados na lista de prioridades das organizações”, afirmou, lembrando que a companhia conquistou recentemente diversos reconhecimentos externos, como o retorno ao índice Dow Jones de Sustentabilidade; avaliação como nível 1 no indicador de governança pela Secretaria de Coordenação e Governança das empresas estatais; retorno ao Instituto Brasileiro de Governança Corporativa; recebimento, pelo quinto ano consecutivo, do Troféu Transparência da Anefac, entre outros. “Tão importante quanto celebrar nossas conquistas é continuarmos atentos e vigilantes aos riscos para a sustentabilidade de nossos negócios e aos compromissos indiscutíveis que temos com a sociedade, seja por meio de projetos sociais e ambientais que promovemos, ou pela geração de recursos para a União e seus acionistas”, complementou. 

Integridade como base para os compromissos ESG

Uma verdadeira inspiração. A principal voz pela educação, diversidade e igualdade no Brasil. Assim foi apresentada a empresária Rachel Maia, a primeira convidada do evento. Em uma conversa com o diretor de Governança e Conformidade, Salvador Dahan, ela falou sobre a transformação pelas quais as empresas vêm passando e que a mesma só é possível com conhecimento. “Ainda é uma jornada traduzir no mercado que a sustentabilidade vai muito além do ambiental. Temos que entender que ela é lucrativa, e que a pluralidade no pensamento também. Eu não falo só de diversidade, mas sim do pilar social, que é muito mais amplo. Se não adicionar pluralidade no processo, as empresas estão fadadas a ter sérios problemas”, disse ela. 

Para Rachel, a integridade precisa ser trazida para a primeira pessoa do singular. “É preciso começar dentro de casa, tratando as pessoas que estão no seu ecossistema com respeito. São responsabilidades que devem partir de cada um; caso contrário, fica bonito só para terceiros”, aponta. Segundo a empresária, equidade é gerar sentimento de pertencimento. “Diversidade, equidade e inclusão são processos de aprendizado que não podemos impor que as pessoas saibam de um dia para o outro. Demanda investimento, com ações para se balizar e equacionar a sociedade. Não posso dar responsabilidades sem dar a oportunidade. Como indivíduos, temos que cobrar e nos posicionar”, concluiu.

Pessoas diferentes, ideias diferentes

“A cadeira de rodas é parte da minha identidade, mas não me define. Eu sou muito mais do que a minha deficiência”. Essa incrível afirmação é da empreendedora social Andrea Schwarz. CEO da Iigual Inclusão e Diversidade, ela trabalha com a temática há mais de duas décadas, já ajudou a incluir mais de 20.000 pessoas com deficiência, publicou três livros e foi eleita a primeira mulher com deficiência Linkedin TopVoice. 

Cadeirante devido a uma má formação congênita na medula espinhal, ela costuma dizer que, desde que sentou na cadeira de rodas, sua vida começou a andar de uma forma muito acelerada. “Podemos viver em um mundo pensado para todos. Diversidade é nossa maior riqueza, é um fato. Mas inclusão é um ato, nosso principal desafio”, aponta. Andrea destaca que as organizações são formadas por pessoas e que cabe a nós sermos os atores da mudança. “Devemos questionar se a demografia interna da empresa é parecida com a externa, se temos pessoas com deficiência em todas as posições ou se elas estão em um único cargo. Provavelmente a resposta vai trazer um grande incomodo. A estrutura da sociedade precisa mudar”, afirmou. 

Para Andrea, organizações que investem em diversidade e inclusão estão, na verdade, investindo no negócio. “Isso aumenta a capacidade de inovação, do conhecimento do público consumidor. Se eu não tenho uma equipe plural, como desenvolver produtos que contemplem a todos? Um ambiente mais diverso é mais rico. Trabalhar com diversidade e inclusão é muito além de fazer o que tem que ser feito; é estratégico para o negócio”, finalizou. 

Cultura corporativa, valores e liderança

Um verdadeiro campeão, o ex-jogador, treinador de voleibol e empresário Bernardinho também acha que uma equipe diversa traz mais vitórias. “O resultado final é o resultado de um esforço coletivo, por isso é importante complementarmos talentos, trazer visões diferentes para um time. É assim que qualquer ambiente se fortalece”, apontou. 

Em sua fala, Bernardinho falou da importância e responsabilidade do líder frente ao resultado das equipes. “Não existe crescimento acompanhado de conforto. É preciso trabalhar disciplina e resiliência como pontos fundamentais. O talento é importante e tem relevância, mas o trabalho é mais importante e fundamental. Aquele que se dedica mais terá melhores resultados ao longo do tempo”, afirmou. 

E para que uma empresa tenha os melhores resultados, é preciso que as equipes mantenham o espírito de aspirante. “O resultado do passado não diz nada sobre o seu futuro. Devemos sempre agir como se estivéssemos disputando algo pela primeira vez. É uma das lições da humildade: eu não sou o melhor, eu estou o melhor”, finalizou. 

Economia circular e empreendedorismo

Conhecido carinhosamente como sendo irritantemente feliz, o empreendedor Geraldo Rufino contou a sua história incrível de vida que começou como catador de lixo. “Eu me transformei de um catador de latinhas em um catador de sonhos. Não tem pobreza que resista a 16 horas de dedicação ao que você se propôs a fazer”, afirmou.
 
Fundador da maior empresa de reciclagem automotiva da América Latina, ele lembra que faz economia circular desde pequeno, na favela. “Mamãe pegava restos de comida que sobrou na feira. E ainda dividíamos com os vizinhos. Independente da minha condição social, eu percebi desde cedo que já podia fazer a diferença para o outro”, conta.

Para Rufino, ESG deve ser praticado no dia a dia. “ESG é fazer o simples, o óbvio. É fazer o certo, com consciência; é ter uma atitude sustentável, mesmo quando ninguém está vendo”. Com todas as suas conquistas, ele passou por diversas crises, e dá um recado para quem sonha em escrever uma nova história. “Podemos ser empreendedores onde estivermos. Empreender é fazer algo que faça a diferença para você e para o próximo. Por isso, a melhor gestão é feita quando você fortalece as pessoas, pois são elas que fazem a empresa. Busque sempre a vivência, o aprendizado. E preste atenção ao retrovisor, mas olhe para o para-brisa, porque é para a frente que nós vamos”, finalizou.
 
Clima e Desenvolvimento Sustentável 

O painel que contou com a moderação da nossa gerente executiva de Clima, Viviana Coelho, discutiu como o avanço da agenda climática tem impactado a visão dos acionistas, as decisões de investimento e os requisitos de divulgação e transparência. Para Denise Pavarina, da Aggrego Consultores Associados, é preciso incluir a governança no nível mais alto de discussão da empresa. “É estratégico e tem relação com resiliência. O IFRS lançou dois conjuntos de recomendações de transparência para todas as empresas que estão nos mercados de capitais. É muito importante criar regras e instrumentos que podem ser usados para medições e melhorar a transparência. Cada indústria tem seus próprios cenários e métricas. Por isso, as discussões são muito importantes”, afirmou. 

De acordo com Jvan Gaffuri, da S&P Global Dow Jones, o mais importante é olhar a sustentabilidade não apenas como uma ferramenta de gestão de risco, mas também para a criação de oportunidades. “E a mudança climática é realmente um aspecto que é visto no início como um ativo de gestão de risco. É muito importante avaliar o cenário onde esses riscos e oportunidades estão presentes. É um aspecto onde esperamos que a empresa seja transparente”, afirmou. 

Gabriel Hasson, da Blackrock, também afirma que as companhias têm que ser transparentes para analisar o rigor por trás da gestão de seus riscos. “Acho importante falarmos não só de clima, mas de sustentabilidade como um todo, o que inclui uma enormidade de dados e informações que são compostos de métricas diferentes e têm que ser comparáveis se quisermos utilizá-los como padrões de referência”, comentou.
 
Capitalismo consciente 

O painel que contou com a moderação do nosso diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Rodrigo Araujo, promoveu o debate sobre o papel do mercado financeiro no desenvolvimento dos compromissos sociais e ambientais da sociedade. Segundo Christiano Rohlfs Coelho, do Banco Inter, estamos migrando para um capitalismo de stakeholders e, para alcançá-lo, as empresas têm que ter um negócio com propósito. “Temos que olhar para os stakeholders, suas perspectivas, servir à sociedade”, afirmou, acrescentando que sustentabilidade é, acima de tudo, algo estratégico. “E quando falamos de estratégia, estamos falando de escolhas. Temos que escutar as partes interessadas do negócio e, assim, encontrar um caminho de equilíbrio da interação com o meio ambiente e com o planeta”, disse. 

Para Fábio Gaspar, diretor tributário da Shell, o braço fiscal da ESG surgiu porque a população queria entender mais sobre as empresas e como elas contribuíam para a sociedade. “Cada dia mais a transparência fiscal, ou seja, a publicação dos nossos números e da nossa estratégia fiscal, ganha relevância. A indústria de óleo e gás tem uma importância ímpar na vida das pessoas e para o desenvolvimento econômico e social. Mas essa contribuição também vem pelos tributos. A arrecadação do nosso setor é muito importante para o país, gerando emprego e renda para a sociedade”, concluiu ele. 

Cooperar para transformar: o novo papel das organizações

Para compartilhar as primeiras experiências da parceria entre a Petrobras e o município de Quissamã no “Projeto Cooperar para Transformar”, o diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade, Roberto Ardenghy, recebeu a prefeita Maria de Fátima Pacheco. Com foco em integridade e sustentabilidade, o programa foi lançado em setembro deste ano, incentivando boas práticas em governança e controles internos na administração pública de municípios com rendas petrolíferas. Com o projeto, a companhia pretende apoiar a gestão municipal no aperfeiçoamento de soluções de governança pública, controles internos e integridade, a fim de aprimorar a gestão desses recursos provenientes de royalties e participações especiais. 
Escolhido como projeto piloto, Quissamã já experimenta os resultados positivos das ações. “Esse projeto chega com o selo da Petrobras, com a qualidade de gestão que a companhia tem. Estamos aprendendo muito e trocando experiências. Ficamos muito honrados de termos sido escolhidos e é muito importante ressaltar que esse projeto possa ir para muitos municípios brasileiros”, afirmou Maria de Fátima Pacheco. 
Para rever os conteúdos dos painéis, acesse a plataforma do evento até o dia 08/01/2022 por meio deste link.
 

Postado em: [Compliance]