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“Precisamos induzir investimentos para a indústria nacional”, disse Prates em evento no IBP

12.jun.2023

Estamos comprometidos em alavancar e recuperar a indústria nacional, ampliando investimentos em pesquisa, inovação e transição energética, em parceria com os demais agentes do setor de petróleo e gás. O objetivo é impulsionar a economia brasileira, aumentando a geração de empregos e de renda, com o alicerce de uma política de Estado. Esses foram alguns dos destaques da fala do nosso presidente, Jean Paul Prates, durante a abertura do seminário “Oportunidades para a Indústria Nacional”, promovido pelo IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural), na quinta-feira (1/06), na nossa sede, no Rio de Janeiro, que reuniu representantes do setor. 

“Estamos saindo de duas fases diametralmente opostas que traumatizaram o setor de petróleo e gás. Aprendidas as lições, precisamos levantar a cabeça e seguir adiante, reabilitar empresas brasileiras experientes, reestruturar nossos estaleiros e voltar a induzir investimentos na indústria nacional”, disse Prates. Estamos fazendo um amplo mapeamento da situação atual da cadeia produtiva brasileira e das oportunidades que se apresentam. “A Petrobras está gradualmente reabilitando as empresas que cumpriram seus períodos de quarentena punitiva e têm apresentado condições de voltar ao mercado”, complementou ele.

Para se ter ideia, vamos investir US$ 78 bilhões no horizonte do Plano Estratégico 2023-2027, com previsão de colocar em operação 14 novas plataformas nos próximos cinco anos, multiplicando as oportunidades para a indústria nacional. Nesse movimento, Prates lembrou do desafio da transição energética para o setor. “Transição energética em uma empresa de petróleo e gás significa se transmutar completamente em pleno movimento. O desafio é multidimensional. Daqui a 30 anos, por exemplo, quantos fornecedores estarão habilitados para essa transição?”, disse o presidente.

Em sua fala, Prates enfatizou a nossa interdependência com a indústria e a necessidade de caminharmos juntas para garantir o futuro do setor. “Para onde essas empresas vão e como a gente sinaliza demanda programada, já que somos mutuamente dependentes? Ao diagnosticar e propor a situação da indústria atual, já vamos tentar vaticinar como a gente deve atuar e projetar 40 anos para a frente. Dada a nossa interdependência, se a gente não tiver fornecedor daqui a 30, 40 anos, a gente simplesmente para de produzir”, complementou.

 
Descomissionamento e destinação verde de plataformas
 

Também participaram do evento o nosso diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos, e o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci. Travassos apresentou um panorama sobre as oportunidades geradas pelo processo de descomissionamento de plataformas operadas por nós, associadas à política de destinação verde dessas unidades. 
 
“O descomissionamento gera oportunidades para alocação de mão de obra nos estaleiros nacionais e é uma atividade que pode convergir com a construção naval. É muito trabalho que temos pela frente: serão 26 unidades descomissionadas até 2027. E de 2028 a 2029, a previsão é descomissionar outros 27 sistemas. Em paralelo, serão mais de 650 mil toneladas de aço destinadas à reciclagem, reforçando o conceito de economia circular”, disse Travassos.
 
Além dos nossos executivos e da Transpetro, participaram do evento o secretário de Estado de Energia e Economia do Mar do Rio de Janeiro, Hugo Leal (PSD-RJ); o deputado Federal Alexandre Lindenmeyer (PT-RS); os presidentes do IBP, Roberto Ardenghy; da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa; e da Abespetro (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo ), Rodrigo Ribeiro. Também estiveram presentes representantes de estaleiros nacionais e outras entidades do setor, como a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e a Onip (Organização Nacional da Indústria do Petróleo).
 
O Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) foi representado por seu presidente, Ariovaldo Rocha, e pelo vice-presidente, Maurício Almeida, que enfatizou a necessidade de uma política de estado para alavancar a indústria. “Nenhum estaleiro quer onerar a Petrobras indevidamente. Mas precisaremos de uma política de Estado para voltar a ser atrativos. Precisamos aprimorar nossas condições tributárias, logísticas, trabalhistas e de acesso a financiamento. Com isso teremos condições de competir com qualquer país”, afirmou Maurício Almeida.

A Abespetro defendeu que a retomada da indústria nacional precisa estar associada à exportação. Para Jean Paul Prates e Roberto Ardenghy, o evento abriu um canal de diálogo para a construção da retomada da indústria nacional.

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