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Gastos com investigação interna: resposta ao Valor Econômico

22.set.2015

resposta-valor.jpgLeia a resposta que enviamos ao Valor Econômico sobre gastos já feitos para o andamento das investigações internas:

Resposta:
A Petrobras não endossa o levantamento feito pela reportagem do Valor Econômico por desconhecer a metodologia adotada pelo jornal para calcular os gastos já feitos para o andamento das investigações internas realizadas pela companhia.

Com relação aos contratos citados, a empresa esclarece que os valores apontados correspondem a tetos de gastos autorizados para a execução de cada termo. Deste modo, só são pagas as quantias pelos serviços efetivamente prestados, mediante demanda da companhia.

A Petrobras reitera que entende como estratégico e fundamental à melhoria da sua governança que sejam realizados investimentos nas investigações internas. Além de permitir a descoberta ágil de irregularidades que tenham sido praticadas contra a companhia, este processo tem permitido que a empresa aprimore seus procedimentos de conformidade e combate à corrupção.

A realização de investigações robustas e contundentes, em apoio ao trabalho que vem sendo desenvolvido pelas autoridades policiais, será também decisiva para auxiliar a Petrobras no andamento dos processos judiciais para responsabilização dos culpados e recuperação dos valores desviados da companhia por meio de pagamentos indevidos.

O artigo 23 do Estatuto Social assegura a defesa aos atos regulares de gestão, ou seja, aqueles praticados pelo administrador regularmente investido, dentro de suas atribuições e de acordo com os poderes e deveres que lhe são conferidos pela Lei das S/A e pelo Estatuto Social da Petrobras. Nesse contexto, o dispositivo estatutário não terá aplicação quando os fatos imputados ao gestor tenham sido por ele confessados, em verdadeiro descumprimento aos deveres que lhe são exigidos, bem como estejam relacionados a atos estranhos à gestão da empresa, como recebimento de propinas, práticas de corrupção, recebimento de vantagem indevida e “lavagem de dinheiro”.

Pauta:
Fiz um levantamento no site da companhia e identifiquei contratos de valor superior a R$ 340 milhões em despesas de alguma forma relacionadas com a investigação de corrupção. (Para o calculo, os gastos em dolares foram convertidos pelo cambio medio desde o inicio da vigencia)

1 - A Petrobras tem uma estimativa própria de quanto já gastou nesse processo, incluindo despesas com as CIAs, que não envolvam terceiros?
2 - O que explica o contrato como Trench Rossi ter um valor tão elevado (apenas um soma R$ 96 milhões)? Os custos com o reporting line estão aí?
3 - O contrato de R$ 663 mil com a Korn Ferry previa a contratação de quantos executivos? Só do diretor de compliance ou de mais algum?
4 - Outra dúvida é que queria tirar é sobre a defesa de executivos e ex-executivos.
5 - A Petrobras que paga? Ou é a seguradora que tem o D&O?
6 - E como fica o caso dos réus confessos?
7 - Qual o valor despendido nessa defesa?

Obs.: a matéria foi publicada (versão online) nesta terça-feira (2/9).

Postado em: [Respostas à imprensa]