Petrobras . Blog Fatos e Dados

home

Blog Fatos e Dados

home

Realizamos o evento Diálogos pela Integridade Petrobras

..

 

Com a realização, de 30/11 a 04/12, do evento “Diálogos pela Integridade Petrobras”, reafirmamos nosso compromisso de ser uma empresa mais ética e transparente, referência em integridade empresarial. Os debates, abertos também ao público externo, foram transmitidos online pela plataforma Microsoft Teams e reuniram, em palestras e painéis temáticos, especialistas em compliance, gestores das áreas pública e privada, autoridades, representantes da comunidade acadêmica, de organismos internacionais, além de medalhistas olímpicos e paralímpicos.

“Desde que assumi a presidência da Petrobras, declarei tolerância zero à corrupção”, afirmou Roberto Castello Branco, na abertura do evento. Na avaliação do presidente, a corrupção é um obstáculo ao desenvolvimento das nações e ao crescimento das empresas.

Além de Roberto Castello Branco, o primeiro dia de debates contou com a participação do ministro do Supremo Tribunal Federal e atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral , Luís Roberto Barroso, da vice-presidente de Comunicação, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Santander Brasil, Patricia Audi, e do diretor de Governança e Conformidade da Petrobras, Marcelo Zenkner.

Patrícia Audi destacou que as empresas devem fazer o que é certo e atuar com propósito. Mesmo que o compromisso das empresas seja com o lucro, é necessário também saber como as organizações podem influenciar, de modo positivo, a vida das pessoas. “Não há outro caminho para o sucesso das sociedades, países, empresas e organizações do que o da integridade.”

O ministro Barroso fez uma reflexão sobre o processo histórico do Brasil, apontando que o combate à corrupção no país sempre foi exercido como elemento de retórica. O ministro avaliou que a sociedade brasileira de hoje está mais atenta e vigilante, não tolerando o antigo status quo. Segundo ele, o país percebeu essa corrupção estrutural e começou a dar um basta.

Barroso acredita que a integridade deve estar acima das ideologias e que esse movimento só vai crescer.  No final, fez uma interessante definição de integridade. “Não importa o que esteja acontecendo, a gente só tem o controle sobre o que a gente faz. Portanto, seja bom e correto e faça sempre a coisa certa”.

Fechando o primeiro dia de debates, Marcelo Zenkner apresentou um balanço das ações de integridade da Petrobras.

Integridade, estatais e fatores humanos

Na manhã do segundo dia de discussões, o tema foi Integridade: contribuindo para o resultado e a eficiência nas estatais, que reuniu o ministro da Transparência da CGU, Wagner Rosário, e o superintendente do CADE, Alexandre Cordeiro.

Cordeiro lembrou que as primeiras lições de integridade vieram da sua mãe: “Fale sempre a verdade, faça sempre o que é correto, doa a quem doer”. Para ele as instituições brasileiras têm que criar uma estrutura de incentivos para aquelas que agem de maneira legal, ética, transparente.

“Não existe país honesto com políticos corruptos”, avaliou o ministro da CGU. Ele opinou que avançamos muito em termos de legislação anticorrupção, mas que integridade não é receita de bolo, e sim mudança cultural. Para Rosário, sistemas de integridade têm que envolver todas as partes, porque não existe corrupção apenas na área pública.

À tarde, a diretora e representante da Unesco no Brasil Marlova Noleto, o reitor e fundador da Faculdade Zumbi dos Palmares, José Vicente, e a head de Compliance e Investigações da Tozzini Freire Advogados, Shin Jae Kim, abordaram o tema O fator humano no fortalecimento da cultura de integridade.

“Quando tive o meu primeiro cargo público, meu pai me deu uma régua de madeira e disse: estou te dando esta régua para você ver que a ética e a integridade se medem com régua rígida, não com uma flexível”, lembrou Marlova, completando que, a parceria da Unesco com a Petrobras é um passo importante na construção da cultura de integridade.

Transformar o que está no papel, as normas e códigos, em realidade de fato. Esse é o grande desafio da integridade para José Vicente. O professor citou como exemplo disso o racismo estrutural no Brasil e assinalou que para termos uma sociedade ética, digna e que respeite a pluralidade e a diversidade, ser íntegro também é ser antirracista. “A mudança se faz com atitude”, resumiu.

“Negócios feitos com integridade terão perenidade”, opinou Shin. Para ela, o grande vetor da transformação no rumo de uma cultura de integridade é o papel da liderança. 

Integridade pelo exemplo: o papel da liderança

Foi o painel da tarde de quarta-feira (02/12), que reuniu o presidente do Instituto Ethos, Caio Magri, o presidente da ArcelorMittal Brasil, Benjamin Baptista Filho, e a head de Compliance e Assuntos Regulatórios da Accenture, Renata Ventura.

“Na minha visão, integridade é a capacidade de fazer o que a gente acredita”, ponderou Caio Magri. Mesmo assinalando que integridade é uma responsabilidade de cada um de nós, ele acredita que o exemplo da liderança é o principal fator dessa transformação cultural.

Benjamin Filho informou que a ArcelorMittal Brasil começou a trabalhar uma cultura de integridade em 2016, e hoje tem um sistema bastante maduro. “Integridade é fazer a coisa certa, da forma certa, pelas razões corretas”, disse, completando que os programas de integridade podem e devem ser medidos por indicadores.

Na opinião de Renata Ventura, a integridade e os programas de compliance devem estar sempre em movimento, buscando a melhoria contínua. Ela não vê contradição em fazer o que é certo e ganhar dinheiro. “Empresas mais éticas têm melhor reputação e melhores resultados. A integridade e a ética não nascem do nada, mas de um processo de construção de confiança entre lideranças e liderados.”

Esporte e tecnologia

A atual campeã olímpica, pan-americana e europeia de vela, em dupla com Martine Grael, Kahena Kunze, e o atleta paralímpico mais rápido do mundo nos 100m rasos, Petrúcio Ferreira, fizeram um animado e descontraído papo sobre fair play, na manhã de quinta-feira (03/12). Ética, respeito, exemplo, confiança e parceria foram alguns temas debatidos pelos medalhistas. “Nosso esporte exige tomadas de decisão rápidas, por isso temos que confiar na parceria. E a Martine é uma referência para mim”, afirmou Kahena.

“Temos que atuar com ética, no esporte e na vida, porque temos que ser exemplo, espelho para as novas gerações. Assim, a gente pode motivar as pessoas para o caminho certo”, avaliou Petrúcio.

O evento foi fechado com o painel Tecnologia: inovação para a integridade, que contou com a diretora de Compliance da Uber, Patrícia Godoy, a Regulatory Affairs Coordinator do EBANX, Adriana Camargo, e o promotor de Justiça do MPRJ, Pedro Mourão.

Adriana Camargo avaliou que o uso da tecnologia pode ser um aliado na implantação de um sistema de integridade, melhorando controles, simplificando e agilizando processos. “Tecnologia não é um fim, é um meio de nos apoiar na implementação de uma cultura de integridade.”

Patrícia Godoy colocou um questionamento que permeia a discussão de integridade: o que é fazer a coisa certa? “Uma empresa não existe simplesmente pelo lucro, mas para cumprir um compromisso social”, afirmou. Para ela, a tecnologia é um instrumento que pode melhorar o ambiente corporativo.

Pode parecer contraditório, mas o promotor Pedro Mourão trouxe uma frase do traficante carioca Marcinho VP para ilustrar o conceito de integridade: “O certo é o certo. Não é o duvidoso. O duvidoso nunca será o certo”. Pedro abordou avanços, como a digitalização de documentos no MP e a realização de videoconferências. “A integridade, para mim, é a busca da eliminação da dúvida.”

No encerramento, nosso diretor de Governança e Conformidade assinalou que a implantação de sistemas de integridade traz benefícios às empresas, tanto em termos de resultados financeiros, como em reputação e imagem. “A integridade deve ser compreendida como um olhar moderno de geração de valor”, explicou Marcelo Zenkner.

Para ver ou rever os painéis do evento Diálogos pela Integridade Petrobras, clique aqui.

 

 

Postado em: [Institucional]